quando george bush percebeu que os americanos estavam desidratados e, por essa razão, precisavam beber mais petróleo, com muito esforço elaborou uma idéia que na hora julgou brilhante: “precisamos ensinar os árabes a falar inglês”. só que ele esqueceu de um importante detalhe: o processo de espetacularização da vida cotidiana. processo, aliás, criado pelos próprios americanos. tudo está sendo transformado em espetáculo. basta dar uma olhada nessa onda toda de “reality shows”, em missas de igrejas evangélicas ou num simples sermão do cantor marcelo rossi.
a principal questão da guerra hoje em dia não é a de quem mata mais militares ou civis, como há cinquenta anos; mas de quem é capaz de produzir o melhor espetáculo. os arábes, do ponto de vista meramente bélico, estão sendo massacrados pelos americanos, mas quem está vencendo a guerra são eles. os americanos matam cem; os arábes matam apenas um, mas com transmissão pela internet, e, coisa bonita, com ocidentais implorando pra voltar pra casa, um segundo antes de seus pescoços serem cortados.
e como os americanos vão superar o espetáculo árabe da queda das torres gêmeas com transmissão ao vivo para televisores de todo o mundo? depois da travessia do mar vermelho, este foi sem dúvidas o maior espetáculo já realizado na terra. bush conseguiu o que queria. hoje qualquer árabe sabe falar inglês fluentemente; e bin laden, produzir camapanhas publicitárias como nenhum americano foi capaz.
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