a maior frustração de minha infância não foi descobrir que papai noel não existe - pra mim isso era óbvio -, mas que mágicos não eram mágicos de fato, e sim, espécies de estelionatários. eu não sabia exatamente o que eram estelionatários, no entanto tinha uma vaga impressão de que eles não eram super-heróis como o pato donald. depois disso, fui informado que engenheiros eram melhores do que mágicos, porque além de existirem de fato, e não serem foras-da-lei como os estelionatários, podiam construir qualquer coisa que quisessem. dessa forma, eu obteria tudo o que desejasse: automóveis, espaçonaves, bombas atômicas, e, sobretudo, brinquedos. algum tempo depois, vieram as garotas, a adolescência, o movimento estudantil, as ciências econômicas (depois as sociais e a antropologia), e um certo descontentamento familiar por eu não ter me tornado um engenheiro civil ou, pelo menos, um super-herói.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
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