quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

versos íntimos

pra começar o ano com boas vibrações: "versos íntimos", de augusto dos anjos. resolvi transcrevê-lo em neo-miguchês para demostrar minha profunda admiração pelas idéias lingüísticas da nova geração, e pelo futuro brilhante que nos aguarda em 2008. segue:

veIxXx!!!!! nINGUeM aXXistiu Au FoRMidAVEU
enTeRrU DI TuAh ultiMAH kImEraH...... SoMEnti a IngrATiDauM - EstaH paNTEraH -
FOI TuAh komPANHeRaH INsEparaVEU!!!!!

acOSTumaH-tI A lamAh kI ti ESpeRAH!!!!!
u hOMEm...kI...nEStAH TerRAH miSErAVeu,
mORaH...entrE FERAxXx...senTi iNEViTAveU
NECeXXidaDi dI tb se FERAH......

toMaH 1 fOSforu...... acenDi teu CigARRu!!!!!
U bJu...miGuxXxu...eh a VeSperAh Du esCaRRu,
a MaUM Ki AFagah EH A mSM kI aPeDREJAH......

si A AlguEM KAuzah indaH pEnaH A tuah xXxagAh,
ApEDReJAh EXXAh mAuM viU KI tI AFAgaH,
eScARRAH nEXXAH bOcAH Ki tI bEiJAh!!!!!

6 comentários:

Anônimo disse...

Graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaande Malcolm!!!!
Já estou com saudades tuas. Vamos combinar algo pro fim de semana?
Quanto ao poema, tu vais me desculpar, mas eu não entendi porra nenhuma. Que língua é essa? É de alguma tribo indígena descoberta por Lévi-Strauss?
Abraços!

Malcolm Robinson disse...

salve, vidal! mas não é tão difícil assim. eu o fiz com ajuda de um tradutor(dá pra acreitar que existe uma coisa dessas?). segundo o wikipedia o miguchês:

"é um termo popular usado para designar uma forma de grafia que tenta imitar a linguagem infantil (também chamada de "tatibitate"), sendo largamente usada na Internet por alguns adolescentes, especialmente membros de uma tribo urbana chamada emocore ou emos . Não se confunde com o chamado internetês por não ser restrito à Internet, nem servir para agilizar a escrita. Ao contrário, é visível que essa forma de escrever é ainda mais trabalhosa do que a escrita normal, dado o recurso comum de alternar letras maiúsculas com minúsculas e substituir o "s" por "x". O termo é proveniente de "miguxa", um hipocorístico para "amiga". Ainda dá-se a troca das fricativas vocálicas, a saber, o "i" pelo "e" e o "o" pelo "u". Como nos exemplos "gatenhu" e "fotenha". Tal forma de escrita deixa a linguagem com o aspecto mais pueril".

é por ai. não foi o lévi-strauss quem descobriu, mas que é uma tribo, isso sem dúvidas é.

então, sábado temos franckito e calvin, em algum lulgar. podemos marcar um esquenta por ai (isso já ta virando uma tradição,hein?). nos falamos no sábado!

abração!

Malcolm Robinson disse...

segue o poema em sua forma original:

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!


Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.


Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.


Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Unknown disse...

o poema é lindo, mas na língua da minha tribo, aquela lá do século retrasado. dizem até que estamos em processo de extinção. à propósito, algum antropólogo poderia me explicar se grupos de seres humanos entram em extinção ou só grupos de micos-leões-dourados mesmo?

Malcolm Robinson disse...

eu acho que está em processo de extinção é a própria antropologia, com colabortadores como vitor belfort.

Malcolm Robinson disse...

eu gosto da parte:

o beijo, miguxo, é a véspera do escarro.